Estou como uma ave caída
num solo desconhecido, além...
onde não se vê ninguém
onde apenas existe vazio
e frio dum inverno
que nesse lugar ninguém tem.
Presa às asas pesadas
de papel, molhado e salgado
das lágrimas que ainda são
caídas e enterradas
num peito por mim descrito
num grito de solidão.
E continuo sem rumo
como quem vagueia sem saber
que partiu sem destino
e continua trilhando esse caminho...
Desenhado com cinzas de alegria
duma felicidade espalhada pelo chão.
Cathy