terça-feira, abril 05, 2005

Dialogando em Monólogo

Detesto ver o tempo assim;
Desta cor que vem de dentro...
Uma cor que sai de mim
Quando se procura-se no centro,
Duma rua sem fim,
Uma coisa que não existe
Mas que na mente insiste:
- Parece chamar por ti!
.
E eu só quero desaparecer.
Subir as rochas espinhosas
Que me fazem hoje percorrer
Um campo de rosas montanhosas.

Entristece-me profundamente...
Não conseguir sair daqui
Deste caminho apertado
Que parece igualmente sem fim
Cada vez que ando descontrolado
Procurando dentro de ti
O que não encontro desta lado...
- Coração... Estás magoado?

Após esta pergunta, manteve-se calado...
Portanto: - Parece-me que sim!


Cathy

1 comentário:

Instantes Perdidos disse...

Que poema dorido...

Sabes quando falei contigo a primeira vez, tenho a dizer que eras mais uma que pelo poesia ali andava... Mas...

Estava absolutamente enganado. Escreves bem, Transmites alegria e és muito profunda, tens poemas que raiam a dor intrinseca no nosso peito...

A tua poesia como esta é linda e perfeita, sim pode ser uma poesia mais classica e do tempo mais esbatida, mas é uma poesia que é tua, que é fransina e profunda.

Escreves bem.

Como consegues?
Após esta pergunta, mantiveste calada...
Portanto: - Parece-me que sim!

Um enorme beijo no teu rosto.