segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Fiz Amor Com...A Tua Sombra

Eu não sei explicar como começa, nem como me toma assim este desejo enfurecido de te agarrar...despir-te na sombra deste dia frio, mas tão quente no teu corpo de mel, colorido por um raio de sol, despido pelo olhar do meu coração, apaixonado, louco por dar-te a mão.
Naquele momento, só consegui aproximar-me e pegar na tua mão, olhar no fundo dos teus olhos, escuros pela sombra do quarto, brilhantes pelo fogo da alma, quente e ardente daquele que me ama...Mordi teu lábio e devagar subi até a tua orelha e sussurrei: "Eu Adoro-te"...humm...deixei que as tuas mãos me percorressem as costas, e segurei-te com prazer; as unhas que me arranharam deliciosamente, aqueceram o ambiente já ardente de desejo...delirante de prazer.
Meu corpo descaiu sobre o teu...e deixou-se tocar assim, leve, sedento de amor, explodindo de...ardor; ai, como é maravilhoso o toque da sombra que me aquece...o prazer que ela faz nascer, o desejo que ela me faz não poder conter.
Deslizei as minhas mãos e toquei-te...Sombra colorida...minha vida!
Encontrei os meus dedos entranhados na tua pele...a minha boca correndo, saboreando o teu vulto...magnifico. Devorando o teu beijo envolvente.
Não posso manter-me assim...o desejo arde na pele, o calor percorre-me as veias sem parar, quero amar-te, à luz da lua, em frente ao mar...Ai como te amo...como é voraz este prazer que me dás...
Como é intensa e explosiva, esta paixão...Que me faz querer jogar-te no chão...fazer do meu corpo, o sabonete que percorre o teu, fazer a tua alma entranhar-se no meu.
Então dispo a roupa colada de suor; arranco as vestes que te cobrem, as poucas partes desse corpo que eu quero; essas vestes agora jogadas ao largo desse quarto que conspira connosco, como se fosse cúmplice de tanto amor derramado pelo chão e que enche os recantos do lugar, do tempo…que infelizmente vai acabar!
Amo agora o teu corpo nu, caído, livre de resistência…Possuo-te na sombra das quatro paredes que nos abraçam…És meu, até à vertigem dos segundos que imparáveis correm no relógio pendurado na parede que nos dá apoio…que nos acolhe…que nos protege…
És meu, és meu…Ai, que sensação maliciosa me percorre o olhar, capaz de te tocar, despir-te e fazer amor contigo, na sombra de um beijo perdido, nas mãos do teu…escorrido por mim…devaneando até ao fim.
E foi assim; Perdida por ti, ardente de desejo, no olhar, na pele, por dentro e por fora…Dei-me e fiz com que te desses…Amor sombreado, colorido, excitado; pela sede que temos, pela chama que nos consome, sem findar…consome sem se consumir; brilha e aquece sem queimar, escorre como lava num vulcão em actividade permanente, vivendo…Ardentemente no nosso coração.


Cathy

*(Foi um pensamento na sombra de um desejo incapaz de se manter quieto no silencio aconchegante, do tempo posterior ao do...encontro magestoso da minha sombra com a tua...meu Amor)*

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