terça-feira, fevereiro 08, 2005

Meu (Re)Canto

Vagueando por becos bem definidos, abri portas e li mil e um livros, feitos de palavras soltas, temas inconstantes, e capítulos infindáveis...
Deixei-me levar, pelo sabor das ondas do vento, que existe sempre, quando queremos resistir ao tempo e voltar atras com medo de não saber chegar, onde nem sabemos que vamos; onde nem sabemos o que encontrar.
E eu fui lendo... palavras formadas com letras impensadas, letras sozinhas, letras abandonadas.
Porta a porta, haviam cada vez mais, dizendo do mundo o que o mundo lhes faz; dizendo da vida o que cada uma é capaz...
fiquei encantada com algumas, entristecida com outras, mas o que é a vida senão um mar de sombras escurecidas e iluminadas, consoante a alegria e a tristeza dos momentos que vivemos?
O meu encantamento e a minha tristeza surgiram das mesmas palavras, encontradas atras da mesma porta, paradas na mesma folha, copiadas no mesmo papel... Lidas apenas e unicamente naquele momento em que fui triste por reconhece-las como minhas; alegre por perceber que não fui eu que as escrevi...
Tantas vezes é assim...
Sem procurar, acabamos encontrando pensamentos na sombra, de alguém ,que inocentemente, pensou como nós também.
Eu sou uma sombra formada pela vela que todos os dias é acessa, perfumando o ar com um cheiro a mar... Sou ainda formada por palavras cheias de letras inventadas para dizer que... Até as sombras podem ser amadas.
Cathy

1 comentário:

Luís disse...

"Sem procurar, acabamos encontrando pensamentos na sombra, de alguém ,que inocentemente, pensou como nós também."
é mesmo isso que sinto em relação a estas palavras. encontramo-nos assim, nas palavras.
bj